segunda-feira, 20 de abril de 2009

A Culpa é do CJ!

Caros amigos ávidos por sorver da fonte do meu saber e ainda mais ávidos por descer a lenha em tudo.
Hoje venho falar de um assunto que me aborrece bastante e que vez ou outra cai em debate.
A violência nos jogos.
Ok confesso que sou bastante interessado por jogos desde que me conheço por gente. Ouso dizer que não sou do tipo “viciado”, uma vez que entre o jogo eletrônico e um passeio bacana, minha namorada ou uma tarde de descontração com os amigos a opção “game” perde feio. Mas que gosto bastante de dedicar um tempinho (e dependendo da situação um tempão) das minhas horas com esse passatempo saudável eu o faço sem pestanejar.
Só não sou muito fã desses jogos on line. Conheço alguns casos de terceiros que acabaram se viciando feio nessa porcaria e o único meio de interação social que conhecem é através do jogo, suas guerras e seus avatares, alguns chegam a extremos de violência com os familiares se proibidos de jogar seus jogos preferidos e passam a dedicar toda a sua vida a essa tarefa abandonando coisas mais edificantes como o trabalho, família e amigos. Isso pode ser patológico, sem dúvida.
No entanto eu defendo o uso moderado e saudável dos games, são fontes de criação, ferramentas para desenvolvimento de raciocínio, lógica, coordenação motora, resposta rápida a diferentes tipos de estímulo, etc.
Acontece que novamente vem sendo criada uma polêmica acerca dos jogos para consoles de nova geração e de PC.
A começar com o Resident Evil 5, jogo que vem de uma franquia já afamada desde a era do Playstation 1 e 2 e agora faz sucesso entre os felizes proprietários de um Playstation 3, console de nova geração e o mais potente da categoria, junto com o Xbox 360.
O jogo foi acusado de incitação ao racismo e violência étnica. O motivo: O jogo se passa em um vilarejo da África onde todo o povo foi infectado por um vírus capaz de transformar pessoas em zumbis, o jogador assume o lugar de um agente virtual, armado até os dentes e com a missão de dizimar essa ameaça zumbi antes que ela se espalhe pelo mundo contaminando mais pessoas e promovendo a extinção da raça humana.
Os magistrados disseram que no jogo o jogador passa todo o tempo eliminando negros de maneiras cruéis e animalescas…
Tá bom.
O jogo se passa na África e os caras queriam que matássemos albinos? Que porcaria é essa?
No jogo anterior, Resident Evil 4, o jogador controla Leon Kennedy um outro agente que viaja até os confins da Europa e segue matando zumbis espanhóis.
E ninguém falou nada!
No terceiro jogo da série se não me engano eles matam nova iorquinos… E ninguém falou nada!!!
Quer dizer que se eu matar um negro zumbi o pecado é muito maior do que se eu matar um espanhol?
Então é como aquela coisa absurda de que o estupro é menos crime que o aborto.
Por falar em estupro tem um outro jogo que vem pipocando na mídia, o japonês Rapelay. Nele você controla um tarado que tem como missão estuprar uma mulher e suas duas filhas virgens no metrô.
Concordo que passamos por um momento delicado com as cpi´s da pedofilia e coisas mais e um jogo desse vem pra desequilibrar toda essa campanha que é feita contra a violência sexual, mas daí a vir dizendo que esse jogo pode transformar uma pessoa normal em um potencial estuprador me soa muita arbitrariedade.
Esses foram os estopins para iniciar mais uma cruzada contra os games. Querem proibir, coibir e incinerar pregando que são linguagens perniciosas que adentrarão nosso lar e destruirão nossa família.
E já volta aquela discussão eterna sobre GTA (qualquer um dos títulos) Bully, Couter Strike, Pica Pau e outras coisas.
Agora falando sobre o nosso governo que aprova essas leis.
O poder de alienação, dependência e incitação a violência de um game é mesmo muito maior do que o do crack, maconha e outras drogas por aí.
Como disse um amigo meu, jornalista e sábio: “O jogo vai fazer a criança virar bandido e não morar na favela, usar drogas e viver com arma na mão”.
É muito mais fácil proibir um jogo importado e alienar uma legião de pais convencendo-os de que aquilo é mau e deturpante do que melhorar a qualidade do ensino, dar acesso ao esporte e atividades ao ar livre, melhorar a segurança, acabar com as drogas e com o tráfico, acabar com as armas espalhadas por aê, com os assaltos e com a violência REAL E TANGÍVEL.
E da parte dos pais é muito mais fácil proibir um jogo do que conversar é muito mais simples dar bronca do que educar no amor, na moral, na ética ou até mesmo na religião.
Desde anos atrás os pais vem optando por entregar a educação de seus filhos ao videogame e à televisão e agora também à internet e depois que algo sai errado reclamam sobre a exposição dos games e da violência na tv e nunca assumem a culpa por estarem cada vez mais ausentes e sem paciência para o diálogo e para uma participação ativa na vida, educação e formação dos filhos.
O videogame é sadio se usado em conjunto com outras coisinhas bem banais: Amor, atenção, orientação e formação de caráter.
Pense nisso antes de queimar o GTA e o Resident Evil de seu filho.

Saudações. AQUI É O INFERNO!!!

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